terça-feira, 29 de dezembro de 2009

El Desdichado II

Eu sou o tenebroso, o irmão sem irmão,
O abandono, inconsolado,
O sol negro da melancolia

Eu sou ninguém, a calma sem alma que assola, atordoa e vem
No desmaio do final de cada dia

Eu sou a Explosão, o Exu, o Anjo, o Rei
O Samba-sem-canção, o Soberano de toda a alegria que existia

Eu sou a contramão da contradição
Que se entrega a Qualquer deus-novo-embrião pra traficar
O meu futuro por um inferno mais tranquilo

Eu sou Nada e é isso que me convém
Eu sou o sub-do-mundo e o que será que me detém?

Eu sou o Poderoso, o Bababã,
O Bão! Eu sou o sangue, não!
Eu sou a Fome! do homem que come na brecha da mão de quem vacila

Eu sou a Camuflagem que engana o chão
A Malandragem que resvala de mão em mão
Eu sou a Bala que voa pra sempre, sem rumo, perdida

Eu sou a Explosão, o Exu, o Anjo, o Rei
Eu sou o Morro, o Soberano, a Alegoria que foi a minha vida

Eu sou a Execução, a Perfuração
O Terror da próxima edição dos jornais
Que me gritam, me devassam e me silenciam.

Ass.: Robson Jr. - Tirem vocês mesmos suas conclusões...

3 comentários:

Anônimo 1 de janeiro de 2010 às 20:36  

Só você pra postar algo assim numa época cmo essas (zoa).

Acho que vc parece o Charlie Brown (Snoppy).

:/ Fo-da.

Robson Jr. 1 de janeiro de 2010 às 21:03  

Haheuaehuahaha
Charlie Brown é foda...haeuhaueha

Anônimo 4 de janeiro de 2010 às 20:36  

Yeés (y)

Aí, sobre o seu texto do Artista:

" faz parte de um grande artista ser incompreendido por seu tempo "

A-do-rei isso aí e combina perfeitamente

:*

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