terça-feira, 24 de junho de 2008

A Amazônia e suas particularidades


A Internacionalização da Amazônia já foi tão comentada que virou lenda urbana, sim, lenda urbana. Lenda essa sustentada na idéia dos livros de Geografia norte-americana enquadrar a Amazônia como território internacional. Como toda boa lenda urbana essa também é falsa, tão falsa que dói os ossos. Mas é como dizem: “Toda brincadeira tem um fundo de verdade”. E com essa não poderia ser diferente.

Os países industrializados são fanáticos pela floresta e disfarçam seus discursos com teses pseudocientíficas ou sócio-humanitárias numa tentativa, diga-se de passagem, frustrada, de disfarçar seus verdadeiros interesses políticos e econômicos. Não me venham dizer que acreditam quando eles dizem que querem defender o “pulmão do mundo”, porque até mesmo essa idéia já foi rebatida pela ciência real.

E esses discursos são mais antigos do que se imagina, desde a época de D.Pedro I que se fala nisso, começou com a visita cada vez mais freqüente de pesquisadores europeus e norte-americanos na região da floresta e seus relatórios de como ficaram impressionados com o nosso potencial hidrográfico. Depois queriam a liberação para navegar nas águas do Rio Amazonas livremente. A disputa se intensificou ainda mais nos tempos de escassez energética pelos quais o mundo moderno tem passado.

O fato é que se a Amazônia é tão disputada pelos governos externos é porque alguma coisa ela deve ter. E tem. Nós brasileiros não vemos porque somos o pior tipo de cego que existe, aquele que não quer ver. Temos a floresta com maior biodiversidade e extensão territorial do planeta, além da maior bacia hidrográfica de água doce do mundo. Somos ricos em energia fóssil e em energia sustentável, mas nosso governo abre espaço para os discursos imperialistas quando demonstra ao mundo que não é capaz de administrar os recursos da floresta.

Essa falta de administração resultou no surgimento de grupos radicais contra a exploração da floresta em todos os sentidos. Os pessimistas gostam de dizer que não existe exploração sustentável da Amazônia. Os otimistas dizem que se o governo implantar políticas sérias é possível desenvolver e preservar. Os moderados não disseram nada e ainda se mantém em silêncio, são eles a maioria.

Pensando na exploração como chave da questão, já passou da hora de usarmos os recursos da Amazônia. Não há como impedir que a floresta seja explorada, não há desenvolvimento sem exploração. Eu não sou pessimista, eu disse exploração não destruição. Existem meios, e a Alemanha os aplicou muito bem, de usar recursos naturais sem frear o curso natural do ecossistema nem perder dinheiro com isso.

O ponto onde quero chegar é que o Brasil está desperdiçando tempo e dinheiro com as especulações internacionais. O que devemos fazer agora é, sim, usar nossa floresta para bens próprios, desenvolver nosso mercado e investir em pesquisas para a manutenção da floresta amazônica. E o mais importante: criar leis severas contra o predatismo na região. Não é impossível termos o que queremos sem destruir nada, talvez se os estrangeiros soubessem disso há mais tempo ninguém estava atrás da Amazônia como está hoje.

Seria hipocrisia minha dizer que não haverão mais problemas na região, porém se começarmos a olhar a Amazônia com os olhos do mundo veremos que a grande verdade é que ela é uma industria como qualquer outra que não pode parar de produzir mas precisa de uma boa administração para não falir.

Ass.: Robson Jr - Sem alterações.

12 comentários:

Talita Nunes 25 de junho de 2008 às 22:57  

Puta que pariu (com o perdão da palavra, por eu ser uma mocinha).
Você conseguiu juntar todas as informações que obtivemos nas aulas de redação, as que vc já tinha - historicamente falando - com a realidade pra fazer um texto quase impecável (talvez se tivesse sido revisado teria quase nota máxima numa redação).
O assunto já estava passado há muito pra mim, fui lendo e não quis mais parar. Não sei se é o tempo qe fiquei sem ler seus textos, mas td bm.
Parabéns, mas nem inventa de ficar se achando. :E

OBS.: Se somente o Brasil realizasse pesquisas medicinais na Amazônia - o q não ocorre por causa dos "turistas" (químicos/biólogos) que costumam vir - teríamos inúmeros medicamentos patenteados, uma grana bruta. A perda de tempo é algo incorrigível.

Robson Jr. 25 de junho de 2008 às 23:01  

A cicatriz na Amazônia é grande. A perda de tempo não tem cura, mas tem tratamento. :D


Quanto ao palavrão, não se incomode. Aqui é o Império do Mal por excelência. :P

Unknown 26 de junho de 2008 às 13:01  

Bem, eu ia elogiar mas a Talita já disse tudo oque eu queria dizer!!!=S
De qualquer jeito:
"O assunto já estava passado há muito pra mim, fui lendo e não quis mais parar." [2]

Talita Nunes 30 de junho de 2008 às 22:44  

:P

Unknown 12 de julho de 2008 às 02:27  

fodam-se todos

Masao 29 de julho de 2008 às 16:19  

....ta,e vc nao desdenha neh kra?Certo,certo,Vcs brasileiros sao muito mais confiaveis que agente, neh kra?
Ainda mais do jeito que eles sao perocupados as suas matas, florestas,etc
Muito mais do que os japoneses por exemplo,que explora e acaba com tudo que eh natural,e ta se afundando com os 130 milhoes de pessoas que a habitat,em um lugar um poko maior que goiania e com soh 70% da area natural preservada e proibida de ser explorada,eh vamos deixar nas maos dos politicos,que ate mesmo na hora de dar um discurso se perde nos numeros "vc tem direito de falar mais 1 minuto pela interrupcao e mais 2 para concluir,isso da um total de 4 minutos para vossa exelencia",concerteza eles estao no caminho certo,pelo menos podemos ter a esperanca de que com eles,a amazonia magicalmente se expanda neh?Cada 10 hectares se transformam em 50,implantemos o esquema do caixa 2.
Nacionalismo de merda irrita kra,se quiser ser egoista com algo,que seja o seu rabo,caso contrario nao assuma que algo eh de alguem
E fala serio kra "ciencia pura"? isso nao existe,nenhuma ciencia eh pura,ou seja nenhuma ciencia eh indiscutivel e irrebatavel,e se vc realmente soubesse nao seria extremista a esse ponto.
E sim eu sou do contrario.

Robson Jr. 29 de agosto de 2008 às 15:05  

Masao, quando for escrever no meu blog, escreva direito. Até porque essa é a minha lingua natal, não a sua.

Unknown 31 de agosto de 2008 às 00:46  

Bom,confesso que quando li o seu comentario,minha primeira reacao foi,"nao sei como responder a isso",mas,depois de uns 2 segundos,de ter pensado a respeito disso,eu venho com algumas ideias,ahh e tipo,eu to escrevendo e pensando ao mesmo tempo,entao que se foda se tiver erros.
Eu ja sabia que vc ia reclamar da gramatica,senhor Deus da gramatica,Atena do portugues,mas o que importa eh a seguinte,existe uma coisa chamada linguistica,onde independe dos erros de gramatica,ou de qlqr outra merda,pq a unica coisa que importa,eh que vc entenda o que eu quero ou quis dizer,e eu tenho ctz,que vc como qlqr outra pessoa,consegue e entende no minimo o contexto geral,mesmo que algumas partes soe estranho.
E so pra continuar no tema,se eu for fazer tudo,do jeito que o seu pais "natal" quer,como vc pelo seu comentario parece que eh a favor,ou ao menos conivente,a amazonia concerteza vai para a fogueira.
Como ja dizia certas pessoas que vc conhece,"eu gostaria de queimar certas ....."

Robson Jr. 6 de setembro de 2008 às 16:16  

Ahhh Masao, vai se fuder...

Masao 7 de setembro de 2008 às 14:32  

Eu sabia que vc ia dizer isso,seu....seu...Professor!

Anônimo 10 de setembro de 2008 às 13:01  

Poxa Senhor Robson, estou esperando novas postagens!
Gosto tanto de ler seus textos.
Vc nao pode parar!
Parabens viu. Vc é fera...

Robson Jr. 15 de setembro de 2008 às 00:19  

Hmm...mesmo eu não sabendo receber elogios obrigado. :D

E sim, Ana Clara, eu vou voltar a escrever por aqui. É só aguardar.





Quanto a japonês: essa história de professor já está batida, assim como esse nosso debate.

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