sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sobre a (não)natureza de certas coisas

Olá a todos, e não ainda não se chegou meu fim, a minha morte, mesmo que a tenha exercido em meu silêncio (dos mais mórbidos) e no fingimento dessa condição de fim. Talvez tenha até um pouco haver com a volta que busco mas nada disso importa, vamos ao que me proponho fazer aqui. Digo de passagem, que não se trata de uma exposição ao nível do senso comum, por mais que em algum ponto eu venha a me apropriar e explorar o ideal e idéias populares ( mesmo que não intencionalmente). E não mentirei,mas direi que,esta proposição vem de uma expressão de tentativas para uma satisfação de caráter narcísica, porém espero que por mais que assim o seja, os leitores possam considerar o que tenho a dizer com um resquício de seriedade, e em inglês eu diria humour me, by indulging my thoughts mesmo que isso pareça um pouco redundante.
Enfim depois desse emaranhado de palavras, que em primeiro momento pode parecer nada mais ao leitor como formas de rodear e evitar o assunto que nem entrou em pauta, ou de simplesmente
flertar com a paciência do leitor esperando sua completa(ou parcial) frustração. E Quem sabe talvez sim,e esboço um leve sorriso ao ter feito esses aparentes rodeios, da qual até agora, o leitor possa estar ficando um pouco entediado, mas logo perceberá este que, tudo que foi posto até agora não foi por completo inútil, e que o fiz com um sentido, e que o assunto que ainda não se revelou já está sendo tratado.Não nego porém que talvez, possa ter sido feito de outra maneira, contudo por hora, satisfaço me assim.

Pois bem, retomemos então o título para que eu possa contar como cheguei a ele. Há alguns dias, eu me deparei com um texto, escrito por uma menina, ou mulher,( seja como for que sua psique esteja estruturada) que questiona a respeito de como ela têm abordado e tratado do tema "sexo" ( em aspas, para considerar que o tratamento que ela atribui é de caráter genital, e no limite de seu texto com inclusão das preliminares, e mesmo esta sendo como ato que antecede o caráter genital do sexo). Menciona ela que, pensou a respeito de tal questão após um comentário de seu pai sobre o seu blog que dizia "Você escreve muito sobre sexo hein?". A partir disso ela passa por caminhos que a levam para questões como a banalização desse ato, do aspecto tecnicista e da idéia de passos e manuais que o cercam. Seu pensamento passa então por uma questão de uma desnaturalização e de certa forma uma alienação que se fazia a cerca disso, um desgaste não necessário. Por fim
concluía que sexo era natural, e que precisava continuar assim, e que mais gostoso do que falar sobre, era o fazer.
Pois vamos em frente.Interessante, penso eu que essa menina ou mulher, tenha percebido um desgaste do assunto, do mecanicismo que se passou o ato. Detenho me porém ao passo que chegamos perto da questão da natureza, e também ao falar sobre a questão do desgaste e do mecanicismo de passos introdutórios.
Como falei anteriormente, tenho uma certa afinidade, com a teoria freudiana da psicanálise(apesar de não exclusivamente), e apesar de não ter falado nada a cerca do assunto mesmo que tenha prometido em posts anteriores, essa afinidade me coloca em uma posição de não poder censurar, ou de criar juízos a cerca da forma que o tema do ato sexual genital têm tomado forma. Isso pois, a cisão do sexual, que transformou sexo em genitalidade a separou e deixou a tão solitária e tão isolada da condição humana, e permitiu o mecanicismo do mesmo. Não podemos pensar, que se trata de um mero acaso do destino ou de coincidências que o sexo se tornou tão banal ou um assunto em desgaste. A frustração de nossa amiga ( se é que assim posso me referir a ela),e não lhe tiro razão por ter essa frustração, é fruto de sua própria ( e a de tantos outros) forma de tratar a sexualidade. O papel ( e não passando disso) naturalizado da atividade sexual humana genital, e a atribuição sexual como um todo de caráter exclusivo ao genital, em outras palavras a cisão que essa mesma trata quando se fala de sexualidade, como se isso fosse abarcar toda a questão.
A questão não é "Você escreve muito sobre sexo hein?" como o pai de nossa corajosa colega coloca e a qual ela atribui significado suficiente para estabelecer um conflito discursivo. A questão é entender que sexo movimenta o finito e o infinito,o misterioso e o certo, o sombrio e o claro, e não seria possível tratar de qualquer outro assunto sem tratar deste, sendo este qualquer outro assunto, até mesmo a análise do recorte da sexualidade em genitalidade.
Aos completos leigos, e iniciantes vagantes da teoria freudiana, talvez isso pareça confuso e de difícil compreensão, mas espero que até aqui, mesmo que não se tenha entendido por completo, pude dar alguma possibilidade de questionar a cerca do que até aqui tratei.
Mas pretendo ir um pouco mais longe agora, para tentar relacionar e ligar com a primeira parte desse texto, e espero, que se até agora me acompanharam mesmo que com um pouco de custo, possamos continuar e seguir juntos,com sua paciência (e a minha), até o fim. Mas qual fim? Respondo "Um fim que não é fim".
Poderiam estar os leitores a se questionar,frustrados e talvez alguns até coléricos "Tudo bem, podemos até conceber abstratamente e pensar que talvez, a sexualidade poderia não estar sendo tratada de forma que se deva e que a faça justiça quando se fala só de uma sexualidade genital, mas como assim sexo não é natural?".
Não poderia dar-lhes resposta, sem tomar ainda mais de vosso tempo, e infelizmente resposta esta que, muito provavelmente seria extremamente insatisfatória para a maioria de vocês. Mas não os deixarei totalmente só no escuro que criei, pelo menos não a aqueles que não terão medo de tomar emprestado minha lanterna. Darei uma dica, a vocês e a mim mesmo, eis que ela se encontra na linguagem. Pensemos a respeito da linguagem, que talvez possamos chegar a algum local mais claro.
Penso em Lacan, que reformulou sem modificar essencialmente a teoria freudiana a partir de seu contato com a linguagem, a semiótica de Saussure, e esse por sua vez, irão arguir alguns mais conhecedores do que eu, tem predecessores que foram ofuscados, obscurecidos, e que infelizmente não poderia citar nomes pela minha falta de conhecimento.
A linguagem que tratamos aqui, e como disse, penso em Lacan ao ligar isso com o inconsciente, e Saussure por eu não poder fazer menção tão clara do inconsciente, se trata dos significados que atribuímos, dos signos que ainda não apreendemos, dos símbolos que são constituídos, dos sentido que direcionamos, a tudo que nos cerca e experimentamos. As nomeações que fazemos, e também de tudo aquilo que não nos é nomeável, o inefável que vemos no outro, e assim entendemos o que se pode entender, e não entendemos aquilo que não se pode entender, talvez por não existir, ou talvez por existir, somente como estado de fenômeno como diria Kant.
Retomemos o início desse texto sem que a idéia se feche num círculo infinito, com minhas palavras emaranhadas, e o meu fort-da singular pela palavra emaranhada. Os simbolismo de tudo que escrevi de início é atribuído por vocês e somente assim, em algum nível entendidos por vós, palavras essas não desprovidas de tentativa de comunicação, de linguagem. E por fim linguagem que não é desprovida da ação, do real,do físico, do literal, do banquete canibal, mesmo que num plano abstrato, mas ainda literal, de intenção,atuação e ação. E assim, linguagem, que vai além de uma simples comunicação, onde a intenção não é somente externa mas também interna, e perceberão talvez aqueles pacientes, ao relembrar o começo, os meus rodeios.
Agradeço a todos, que até aqui foram, pacientes, e que apesar de talvez frustrados, possam estar, em certa medida satisfeitos, pelo menos com esta dica, dica que fará caminharmos juntos, por caminhos separados.
Fico por aqui, sem pretensão de resolver questões e as faltas que ficaram, que se criaram, de simplesmente poder dizer, que também não saberia responder. Talvez mais uma vez, desapareça e morrerei por um tempo, esperando que vocês também se finjam de mortos para mim, desaparecendo na infinitude ou na finitude da vida, mas isso faço para buscar o que não tenho como todos vocês.
Morrerei mas voltarei, ou assim espero.


domingo, 16 de maio de 2010

Um dia triste para a música.



"Hoje meu coração se despedaçou, Ronnie faleceu às 7:45 da manhã de hoje, domingo, 16 de maio de 2010. Muitos, muitos amigos e familiares puderam estar presente para se despedir antes que ele partisse. Ronnie sabia o quanto todos o amavam. Agradecemos o amor e apoio que vocês nos deram. Por favor, nos dêem alguns dias de privacidade para lidarmos com esta terrível perda. Por favor, saibam que ele amava a todos e sua música viverá para sempre."

- Wendy Dio

O mundo perdeu hoje, para o cancêr, Ronnie James Dio, vocalista de Heavy Metal famoso por ter participado de bandas como Black Sabbath e Rainbow e, claro, sua carreira solo. De voz inconfundível e carisma marcante Dio foi um dos maiores símbolos da música moderna, com certeza já está fazendo falta. O Império do Mal presta homenagem a esse gênio:



R.I.P

Ass.: Robson Jr. - Pô cara, nem sei o que dizer...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Atenção para essa notícia


O vereador Iram Saraiva (PMDB) apresentou requerimento em Plenário sugerindo uma antecipação de recesso da Câmara Municipal de Goiânia para que os parlamentares possam assistir aos jogos da Copa do Mundo. Entrevistado ao vivo na Rádio 730, ele foi questionado se acha que o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, também deveria autorizar a paralisação dos funcionários públicos do município. Rapidamente, ele respondeu: "Acho que o Brasil inteiro". Iram também avisou que não pretende retirar o pedido, mesmo que possa “pegar mal” para ele.

Fonte: Rádio 730

Agora, tudo bem, o cara quer ver a Copa. Mas vem cá meu camarada, o cara tem mais regalias que todo mundo por ser funcionário público, vereador é a raça que mais tem recesso nesse nosso país e o cidadão ainda pede recesso para ver jogo de porcaria de seleção brasileira.
Enfim, alguém me explique: Qual a diferença entre um vereador e você, cidadão comum?
Eu respondo: Você, cidadão comum, só se fode e trabalha que nem um jumento o ano todo, o vereador tem um monte de recesso, vai na câmara quando quer e ainda por cima tem estabilidade no cargo por ser funcionário público, sem falar que um vereador em Goiânia ganha doze mil reais por mês.
Se for assim, os garis merecem também um recesso, o pessoal da educação também, da saúde, e saindo do setor público, o pessoal que trabalha nas empresas privadas de todas as áreas também merecem um recesso, até porque essas pessoas trabalham bem mais que o senhor, Iram Saraiva.
É realmente um absurdo, o país praticamente para por causa da Copa do Mundo e o cara ainda me solta uma dessas, é até vergonhoso.
Agora cidadão goianiense, DECORA O NOME DESSE ANIMAL, O NOME DELE É IRAM SARAIVA, ELE É DO PMDB! PELO AMOR DE DEUS, NÃO VOTEM MAIS NESSE NEGO!

E quer saber uma coisa? O Brasil vai se FUDER nessa copa, vai tomar no rabo bonito, porque o Dunga montou uma seleção de merda, que só tem uma zaga boa e nada mais, o idiota, imbecil ignorou a evolução do futebol brasileiro, ao não convocar os meninos do Santos. Eu to torcendo contra o Brasil mesmo, que é pra ver se esse povo cria vergonha na cara, que ganhe a Itália, a França, a Inglaterra, a Alemanha ou até a Argentina, por mim vencia a Costa do Marfim, que nunca ganhou nada e tem o Drogba, que é melhor que o ataque inteiro dessa seleção de merda do Brasil.

E tenho dito.

Ass.: Robson Jr. - Quanto mais eu rezo, mais vereador me aparece.

Esse blog foi feito...

Para pensadores esclarecidos, ou não...
Para poetas clássicos, ou não...
Para leitores convictos, ou não...
Para você, ou não...
Para mim, ou não...
Para sua mãe, sempre!

  © Blogger template 'Star Wars' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP