sábado, 18 de setembro de 2010

Texto de um mês atrás...

Repassando minha vida como se fosse um filme eu percebi que certas cenas precisavam ser refeitas, por um novo ângulo e com uma interpretação diferente, às vezes faltou vontade, às vezes paixão, e às vezes falei quando deveria me calar.
Aprendi recentemente que não existe essa história de viver sem arrependimentos, todo ser tem alguma coisa passada da qual se arrepende e isso é normal e viver com isso é o certo a se fazer, é isso ou a loucura.
Se minha vida fosse mesmo um filme seria um “curta metragem” independente com poucos recursos financeiros e filmado com uma câmera doméstica. Mesmo assim, como qualquer vida, seria uma obra de arte, breve e marcante, grande não em tempo, mas em conteúdo.
Seria um filme que eu não gostaria de saber o fim, que fosse surpresa. E que fosse feliz, na medida do meu merecimento. Não sei falar de finais nem gosto de finalizar histórias, mas se é para ter um fim no meu filme que seja digno de um Oscar, ou, vá lá, de um Globo de Ouro.
Não sei dizer qual capítulo da minha vida está sendo filmado agora, mas posso fazer uma análise rápida do que eu vi até agora, baseado, é claro, na experiência que eu tenho como diretor da minha própria vida.
Aprendi, e não faz muito tempo, que tem como viver feliz, e que essa história de “vida razoável” é desculpa para o fracasso, que as pessoas podem ajudar umas as outras e que a natureza humana não é tão ruim quanto se pensa. Aprendi que o homem precisa de um grande amor para viver, e que respeito não se aprende, se conquista, aprendi que solidão só ensina que o sofrimento é ruim, e para saber isso não é preciso sofrer.
Eu percebi que amigos verdadeiros são aqueles com quem você pode confiar pra qualquer coisa e que não falham em te dizer a verdade, mesmo que doa. Percebi que muitas vezes fazer a coisa certa não é o certo a fazer e que justiça é um conceito subjetivo demais e deturpado demais para ser absoluto.
Aprendi que sua família existe para te ajudar mesmo quando eles não sabem o que estão fazendo, descobri que a inveja não só mata o invejoso como fere o invejado. Aprendi que compreensão existe, mas infelizmente é moderada e pouca gente tem.
Eu tinha falado de amor, aprendi que amor de verdade não dói, e que ele é necessário para todos, mesmo para aqueles que não podem entendê-lo. Por mais amargo e apático que um ser humano possa chegar, com um pouco de reflexão qualquer pode tirar uma conclusão parecida.
Gosto de lembrar que liberdade é um sinônimo de responsabilidade e que amizade, amor, confiança e verdade são fundações do ser. Desse jeito, repassando minha vida como se fosse um filme, eu vejo um bom roteiro original, com uma trama bem montada, algum drama e muitos altos e baixos.
Cheguei na conclusão de que no final do filme, para conquistar o público e a crítica e principalmente o bem-estar pessoal é preciso que o personagem principal esteja satisfeito com o desenrolar da história, e que no final, com tudo colocado na balança, o saldo da vida seja positivo e dê pra sorrir mesmo que o protagonista esteja cansado, e que as lágrimas sejam de alegria e que tudo possa ser compartilhado e que não seja tarde demais.

Ass.: Robson Jr. - Ainda filmando...

3 comentários:

Anônimo 19 de setembro de 2010 às 00:18  

Ah Robson, eu sempre achei que você um garoto de bons princípios. Que lindo o que você escreveu e sim, tudo é a mais pura verdade e a última parte, a mais universal e bela das conclusões que já passaram até, pela minha mente.


Um Beijo Robson,

Seu filme é um projeto em andamento seguindo um belo caminho.
Talita

Anônimo 19 de setembro de 2010 às 00:19  

Me trouxe uma leitura certa, na hora certa, da maneira certa.

Obrigada.

Robson Jr. 19 de setembro de 2010 às 22:31  

Nossa, fiquei até lisonjeado agora... :D

Muito obrigado Talita, esse texto foi feito de coração aberto, pra variar um texto mais sincero e pessoal...

Fico feliz que tenha gostado, sinal de que o trabalho foi bom.

Beijo.

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